terça-feira, 29 de junho de 2010

O céu

Garotas e solidão,
duas coisas necessárias
que nos fazem miseráveis,
assim como
sobriedade e álcool.

Meu corpo chora
às 5 da manhã,
minha alma pede mais,
essa bandida
ingrata.
Lábios secos,
estômago ácido,
garrafas vazias,
estragos.

O sol brilhando, ilumina a culpa,
o céu azul, imenso,
guarda um lugar pra
coisas boas, para
segundas chances.

Respiro e
mergulho
no azul do céu.
Ele reflete a alma,
comporta o suspiro de vida que nós somos.

O céu
denuncia nossa insignificância
e ainda assim, é
bom,
necessário como
a respiração de nossos peitos

O céu não é nada além de
ar,
distância,
beleza,

ou seja,
é tudo
que não é,
assim como o que nós somos
fora o corpo.

O céu está lá,
apesar de não estar,
pros puros,
pros cães,
pros bêbados,

imenso,
azul,
e confortante.

Um comentário:

  1. Eu concluiria com:

    "imenso,
    azul,
    as vezes negro,
    mas confortante"

    Massa o poema; gostei do ar indiferente e neutro, tipo um choro sem lágrimas.

    ResponderExcluir

Pessoas que leram esse texto