Saber o que?
Fazer pra onde?
Estar aqui...
Não tem pra quê.
Se sei que sou,
Faça algo disso você!
Por que eu não sei o que,
Nem onde ser,
Ainda assim, aqui estou,
Não quero ter que,
Do que sou, disso não sei!
E quem é você?
Achar que sabe,
Descobrir que não,
Isso é estar aqui,
Achar que as coisas tiveram que,
Tentar ser,
Tornar-se o que se é pra ser...
Quando souber
Fazer, farei!
Explicarei o estar aqui,
Terei algo, uma coisa,
De mim pra vocês,
Serei por todos!
Saber o que?
Aonde tem?
Estaremos aqui?
Algo tem que?
Quem sabe o que é?
Por que pra quês?
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Outra fantasia, pra mais um pouco
Acho que vou morrer sem saber.
Você não se pergunta?
Na prática, o ceticismo não vende bem e a fantasia expulsa o nada, porém, na certeza, a fantasia é imaginação e o ceticismo a ferramenta da verdade.
No final a verdade de tudo se mostra sempre ser o nada.
A mim, tudo, e isso inclui eu e você, parece ser como o solo lunar: aparentemente belo e misterioso mas, quieto, sem significado, e igual ao resto: de silhueta desenhada por pancadas que vêm do espaço, do nada, sem motivo algum e para nada, com a unica história de existir por acidente, e com o único destino de desaparecer um dia.
Existir, o tédio à espreita do milagre.
Fazer o quê?
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Os Animais Guerreiros
Pra mim é de dizer que
há quem, sem vergonha, chamaria por "Ei aninal estúpido,
passivolóide!"
"Ei você."
Não por nada, mas por que simples assim
tira olhos de gato e põe em ti.
Olha o animal guerreiro e olha pra ti.
Vê o cão, esse cão, qualquer cão, és tal que
esse cão te pareça ridículo, talvez...
O latido do cão porém não falha
onde lhe desagrade.
Este você a quem sequer cabe em figura
a coragem de passarinhos guerreiros
se enfrentando de manhã cedo, em pleno voo, cantando para quem
quiser, ou não, ouvir, observados pelo gato, pelo pato e pelo trem.
Quem é você, desadaptado já tão cedo?
Talvez alguém saiba, monte crença ou viva a suspeitar
que te faltou brincar quando filhote.
Não te esquece das formigas que não tardam
em, com garra e força, de sol a chuva,
carregarem os teus restos adiante do caminho.
Destino, único teu, é boca de verme?
Ou te aumentará em lembrança,
a relevância, algum exemplo sagaz...
Imagino, cá de traz de meus olhos, em miolos,
me desdobrando em desenrolos de acaso,
que faço de mim.
há quem, sem vergonha, chamaria por "Ei aninal estúpido,
passivolóide!"
"Ei você."
Não por nada, mas por que simples assim
tira olhos de gato e põe em ti.
Olha o animal guerreiro e olha pra ti.
Vê o cão, esse cão, qualquer cão, és tal que
esse cão te pareça ridículo, talvez...
O latido do cão porém não falha
onde lhe desagrade.
Este você a quem sequer cabe em figura
a coragem de passarinhos guerreiros
se enfrentando de manhã cedo, em pleno voo, cantando para quem
quiser, ou não, ouvir, observados pelo gato, pelo pato e pelo trem.
Quem é você, desadaptado já tão cedo?
Talvez alguém saiba, monte crença ou viva a suspeitar
que te faltou brincar quando filhote.
Não te esquece das formigas que não tardam
em, com garra e força, de sol a chuva,
carregarem os teus restos adiante do caminho.
Destino, único teu, é boca de verme?
Ou te aumentará em lembrança,
a relevância, algum exemplo sagaz...
Imagino, cá de traz de meus olhos, em miolos,
me desdobrando em desenrolos de acaso,
que faço de mim.
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