quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Homem Comtemporêneo

Egoísta, niilista, dúvida até de suas vontades.
Um impulso eletrônico de alta voltagem.
São imagens, são idéias, são viagens.
E pelo meio vem quebrando e atravessando tudo o que ele é:
Compromissos com a coletividade.
A lei. A consciência tranquila. 
Ilusão de sanidade.

Rotina de um assalariado

Hoje eu não vou acampar
Não vou tomar banho de piscina,
Nem fazer sexo.
Tão pouco conhecer alguém, nem flertar.

Hoje eu definitivamente não vou dar um jeito
Na casa
Muito menos visitar alguém.

Hoje eu vou sair do trabalho e ir pra casa,
Comer, tomar um banho, e relaxar os músculos das costas
E das pernas.

Depois adormecer
tentando achar o fio
da meada.

Irracional

Durante uma discussão uma pessoa diz à outra:
- Veja bem, eu quero que você entenda...
Ao que ela interrompe:
- Veja bem VOCÊ, eu quero que VOCÊ entenda que eu NÃO quero entender.
Isso é amor.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Vibrações Stoner

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Fotos tiradas pela amiga Natália numa tarde dessas, em Pelotas, no quadrado.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Dois Problemas

Quem dera fosse uma porta
E não criasse expectativa
E pudera pender morta
Só ficasse ali não viva
Os amores e alegrias
Cá em vida não têm a ver
Antes dores e agonias
Já dizia Schopenhauer
O leitor desculpe forçar a rima
Não sou poeta, eis um problema
Mas paciência, entra no clima
Que eu conto o outro dilema
Quem me conhece sabe que minto
Quero mesmo é sorrir
Que o pranto cesse. E o que sinto
Está escrito a seguir
Se disse querer a morte
Foi por conta de um desejo
De ser feliz, de ter a sorte
Que sem mais se foi ao brejo
A vontade não tem jeito
Triste é o bicho desejoso
Essa bandida em seu peito
O torna brabo e penoso
Eu queria ser poeta
E brincar com as palavras
Escrever em linha reta
E troçar das coisas brabas
Pra não me chamarem de prolixo
Ou até de desatento
Vou deixar aqui bem fixo
Os dois problemas que apresento:
O primeiro é o de poeta
Para tal não levo jeito
Porém essa é a meta
A que em vida fui eleito
O segundo é o da vontade
Que faz de nós humanos
Pois tu sem dificuldade
Me encontra a fazer planos
Sou escravo da vontade
Com ela eu namoro
Sou escravo alforriado
Longe dela é que eu choro
Também sou equilibrado
Não me entrego assim ao vício
Na virtude sou honrado
Mas a vontade é meu ofício
Água fresca e sombra boa
E a morena do meu lado
Se eu mudar estou perdido
Pra essas coisas fui gerado
E se me encontro impedido
De beijar a minha amada
Ou de gozar a liberdade
Escrevo coisas para cada
Eu cortejo à vontade
E como são belos os meus gestos
No papel, de madrugada
Me da vontade de escrever
Escrevo a vontade impedida
E se ninguém gostar eu choro
E escrevo a lágrima caída
Eu sigo duelando
Eu duelo com caneta
É a vontade me chamando
É eu querendo ser poeta
Os dois problemas se misturam
E solucionam um ao outro
E esses dois circulos circulam
E circundando a minha vida
São problemas e não são
São dois pontos
De chegada e de partida
De manhã ela acorda
Pra saber que eu não dormi
Abro a capa pela borda
E mostro a ela o que escrevi
Ganho primeio um sorriso
E depois um beijo doce
Ando descalço pelo piso
E vou como se tivesse a posse
Do segredo do enigma
Não dos dois problemas lá do título
Que agora são sofismas
Mas do grande teorema
De o que se fazer da vida

domingo, 2 de janeiro de 2011

A felicidade dita por um rosto de cenho franzido.

Feliz é o homem que sobre a terra prova do amor.
Feliz, é aquele que faz valer os esforços, que sabe esquecer de tudo e largar-se ao momento, a sombra e aos afetos.
Feliz é aquele que ri.
Feliz é o homem que sobre a terra se debruça; e não sobre as nuvens da imaginação.
Feliz é a batalha, a atividade é a própria felicidade.
Feliz, acima de tudo, é aquele que ignora.