terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Esfinge de mim

Saber o que?
Fazer pra onde?
Estar aqui...
Não tem pra quê.
Se sei que sou,
Faça algo disso você!

Por que eu não sei o que,
Nem onde ser,
Ainda assim, aqui estou,
Não quero ter que,
Do que sou, disso não sei!
E quem é você?

Achar que sabe,
Descobrir que não,
Isso é estar aqui,
Achar que as coisas tiveram que,
Tentar ser,
Tornar-se o que se é pra ser...

Quando souber
Fazer, farei!
Explicarei o estar aqui,
Terei algo, uma coisa,
De mim pra vocês,
Serei por todos!

Saber o que?
Aonde tem?
Estaremos aqui?
Algo tem que?
Quem sabe o que é?
Por que pra quês?

Outra fantasia, pra mais um pouco



Acho que vou morrer sem saber.

Você não se pergunta?

Na prática, o ceticismo não vende bem e a fantasia expulsa o nada, porém, na certeza, a fantasia é imaginação e o ceticismo a ferramenta da verdade.

No final a verdade de tudo se mostra sempre ser o nada.

A mim, tudo, e isso inclui eu e você, parece ser como o solo lunar: aparentemente belo e misterioso mas, quieto, sem significado, e igual ao resto: de silhueta desenhada por pancadas que vêm do espaço, do nada, sem motivo algum e para nada, com a unica história de existir por acidente, e com o único destino de desaparecer um dia.

Existir, o tédio à espreita do milagre.

Fazer o quê?